O depósito não foi reabastecido, a caneta ficou sem tinta.
O artista não morreu, o liricismo não se evaporou na neblina figurada, a mente mantém-se atroz e a escrita calejada.
Aqui reacendo a chama por tempos petrificada e inalo mais um bafo desse cigarro fictício que me transforma.
Sem soltar vernáculos, percebo a limitação da existência própria e encontro no conformismo a felicidade irrisória.
Aqui me garanto a expor a minha nudez mental e toda a sua face evolutiva, numa dádiva unilateralmente constante.
Deixo por agora o rastilho que irá gerar obra, deixo por hoje em branco a tela que irá virar bomba, dou por enquanto adormecido o crepitáculo que explodirá em arromba.
Deixo me estar, até à próxima convulsão de partilha cibernáutica.
(Deixem a porta aberta)
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